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O que fazer com eletrônicos usados?

05/08/2024

Lixo eletrônico: destinação correta pode gerar renda para cidadãos (Foto: Thiago Gomes / Arquivo O Liberal)

Com o avanço constante da tecnologia, o descarte de eletrônicos usados tornou-se uma preocupação ambiental e de saúde pública cada vez mais relevante. Celulares, computadores, televisores e outros dispositivos eletrônicos, quando descartados de maneira inadequada, podem causar sérios danos ao meio ambiente e à saúde humana. Por isso, é crucial adotar práticas responsáveis como o reparo, a reutilização e a destinação consciente desses materiais.

Reparar e reutilizar eletrônicos são práticas essenciais para prolongar a vida útil dos aparelhos e reduzir a necessidade de produção de novos dispositivos. Isso, por sua vez, diminui a extração de recursos naturais e a emissão de poluentes associados à fabricação de novos produtos. Além disso, a reutilização pode fornecer acesso a tecnologias mais avançadas para pessoas que não têm condições de adquirir aparelhos novos, promovendo inclusão digital.

Quando um eletrônico realmente não pode mais ser usado, é fundamental destiná-lo de maneira correta. Existem pontos de descarte específicos para lixo eletrônico, onde os dispositivos são tratados de forma a minimizar os impactos ambientais. Além disso, o aplicativo Cataki pode ser uma ferramenta valiosa para encontrar catadores e catadoras de materiais recicláveis em sua região. Esses profissionais desempenham um papel crucial na coleta e encaminhamento adequado dos resíduos eletrônicos.

O lixo eletrônico contém substâncias tóxicas como chumbo, mercúrio, cádmio e retardadores de chama bromados. Quando descartados de maneira inadequada, esses materiais podem contaminar o solo e a água, entrando na cadeia alimentar e causando sérios problemas de saúde. A exposição a esses elementos pode levar a doenças neurológicas, problemas respiratórios e até câncer.

Utilize pontos de descarte adequados ou o aplicativo Cataki para encontrar catadores e catadoras que possam ajudar nesse processo. Juntos, podemos fazer a diferença na preservação do nosso planeta e na promoção de um futuro mais sustentável.

Dados e Informações Relevantes

  • Crescimento do lixo eletrônico: Em 2019, o mundo gerou 53,6 milhões de toneladas de lixo eletrônico, um aumento de 21% em cinco anos. Estima-se que até 2030, esse número possa chegar a 74,7 milhões de toneladas.
  • Reciclagem inadequada: Globalmente, apenas 17,4% do lixo eletrônico foi reciclado corretamente em 2019, segundo o relatório Global E-waste Monitor.
  • Reciclagem no Brasil: No Brasil, cerca de 3% do lixo eletrônico é reciclado adequadamente. Isso significa que milhões de toneladas acabam em aterros ou são descartadas de forma irregular.
  • Componentes valiosos: Lixo eletrônico contém metais preciosos como ouro, prata, platina e cobre. Em 2019, estima-se que 7,3 bilhões de dólares em componentes valiosos foram descartados globalmente devido à falta de reciclagem.
  • Impacto na água: Um único celular pode contaminar até 40 mil litros de água com seus componentes tóxicos.

Contexto Global

O Global E-waste Monitor descobriu que até 2022 o mundo gerou 62 bilhões de kg de lixo eletrônico, ou uma média de 7,8 kg per capita. Apenas 22,3% (13,8 bilhões de kg) do lixo eletrônico gerado foi documentado como coletado e reciclado adequadamente. Em 2022, os resíduos se dividiam em 31 bilhões de kg de metais, 17 bilhões de kg de plásticos e 14 bilhões de kg de outros materiais (minerais, vidro, materiais compostos, etc.)

Para colocar em perspectiva, esses resíduos poderiam encher mais de 1,5 milhão de caminhões de 40 toneladas que, se colocados para-choque a para-choque, poderiam formar uma linha longa o suficiente para dar a volta na linha do equador. A previsão do estudo é de que, em 2030, sejam descartadas 74 milhões de toneladas de resíduos eletrônicos no mundo.

Em termos de valores, são US$ 57 bilhões de dólares (equivalente a 330 bilhões de reais) em materiais como cobre, ferro, alumínio e ouro, provenientes das 53 milhões de toneladas de resíduos eletrônicos gerados em 2019 que foram parar em lixões, oceanos e aterros sanitários. Também de acordo com a instituição, em termos de emissão de gases de efeito estufa, só a reciclagem do ferro e cobre teria evitado a emissão de 15 toneladas de CO2.

Contexto Brasil

O Brasil produz, por ano, 2,4 milhões de toneladas de lixo eletrônico. É o quinto país no mundo na lista dos que mais geram esse tipo de resíduo. E poderia ser muito mais. Pesquisas mostram que 85% dos brasileiros têm em casa algum aparelho que não usam e não sabem o que fazer com ele. 

A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) propiciou, quase uma década depois de sua criação em 2010, a criação do Acordo Setorial para a Logística Reversa de Eletroeletrônicos, assinado em 2019, e o Decreto Federal n̊ 10.240, de fevereiro de 2020. O Acordo Setorial para a Logística Reversa de Eletroeletrônicos é um complemento à PNRS e prevê que as empresas fabricantes, importadoras e distribuidoras devem cumprir as metas de coleta e destinação do volume de produtos eletroeletrônicos colocados no mercado voltado para o consumidor doméstico. 

A PNRS determina que os fabricantes e importadores coletem, em 2024, 12% dos produtos lançados no mercado. Para o ano que vem, a meta é maior: 17%. Para isso, o setor mantém 6.250 postos de entrega voluntária espalhados pelo país. Abaixo, os sites das entidades que fornecem listas com todos os locais de entrega de eletrônicos e eletroeletrônicos, com busca por cidade ou CEP.

referências:

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